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OZCAST #17 | A Expansão da Realidade

June 29, 2021 Oz Produtora Season 1 Episode 17
OZCAST #17 | A Expansão da Realidade
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OZCAST #17 | A Expansão da Realidade
Jun 29, 2021 Season 1 Episode 17
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A mistura entre tecnologias digitais - que simulam ou ampliam a realidade - com a vida real já faz parte do imaginário humano há décadas. Entretanto, chegou às nossas mãos de maneira efetiva com o desenvolvimento dos conceitos de realidade virtual e realidade aumentada. 

Para falarmos sobre esse assunto tão instigante, convidamos o nosso parceiro Pablo Funchal, que é CEO na xGB - Realidade Aumentada. 


INSIGHTS

Hygor Amorim
ANGRY BIRDS AR
SUN SEEKER

Gus Belezoni
CERVEJARIA LEUVEN

Pablo Funchal
AR INSIDER

FICHA TÉCNICA

Roteiro e gravação
GUS BELEZONI

Edição
HENRIQUE GENTIL

Divulgação
ALESSANDRA FERNANDES

Arte gráfica
FRANCIS FIDÉLIX

Motion graphics
VIDEOMATIK


MAIS SOBRE A OZ
www.ozprodutora.com

SIGA A OZ NO INSTA
@ozprodutora

Show Notes Transcript

A mistura entre tecnologias digitais - que simulam ou ampliam a realidade - com a vida real já faz parte do imaginário humano há décadas. Entretanto, chegou às nossas mãos de maneira efetiva com o desenvolvimento dos conceitos de realidade virtual e realidade aumentada. 

Para falarmos sobre esse assunto tão instigante, convidamos o nosso parceiro Pablo Funchal, que é CEO na xGB - Realidade Aumentada. 


INSIGHTS

Hygor Amorim
ANGRY BIRDS AR
SUN SEEKER

Gus Belezoni
CERVEJARIA LEUVEN

Pablo Funchal
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FICHA TÉCNICA

Roteiro e gravação
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Narrador: Esse é o podcast da ozprodutora.com apresentado por Gus Belezoni e Hygor Amorim.


Gus: Olá, eu sou o Gus Belezoni, seja muito bem vindo ao podcast sobre os bastidores da Oz Produtora e Novas Soluções Audiovisuais.


Hygor: Eu sou o Hygor Amorim e esse é o episódio número 17 do OZCAST. Hoje vamos falar sobre a expansão da realidade. A mistura entre tecnologias digitais que simulam ou ampliam a realidade com a vida real já faz parte do imaginário humano há muitas décadas, entretanto chegou às nossas mãos de maneira efetiva com o desenvolvimento de conceitos de realidade virtual e realidade aumentada. Diferentemente da realidade virtual, que tem a proposta de inserir o usuário num cenário, num mundo completamente distinto do real, a realidade aumentada insere elementos virtuais sobre o mundo real. Para falarmos mais sobre esse assunto tão instigante, convidamos o nosso parceiro e amigo Pablo Funchal que é CEO da xGB Realidade Aumentada. Pablo, seja bem vindo ao OZCAST, por favor se apresente para os nossos ouvintes.


Pablo: Legal, Hygor. Obrigado pelo convite, obrigado Gus. Eu gosto de me apresentar como um vendedor e um empreendedor, então acima de tudo, independente de onde eu esteja atuando, isso é o que eu sou na essência, mas hoje estou também, como vocês citaram, CEO na xGB, uma startup de realidade aumentada, também coordeno um MBA da UFSCar, o MBI, Master Business Innovation, hoje a turma de São Paulo, sou podcaster também, amigo de vocês nessa jornada do ofício, debulhando os pormenores da vida corporativa e acredito que eu entrego pro mundo hoje, isso resume bem.


Gus: Maravilha, Pablo. Seja super bem vindo e pra gente iniciar o nosso bate-papo eu queria fazer uma pergunta pra colocar todo mundo no mesmo andar: qual é a diferença entre realidade virtual, realidade aumentada e a mista?


Pablo: Boa, Gus! Eu acho que definir esse glossário muitas vezes ajuda a gente. O vocabulário facilita a comunicação. Antes de entrar na definição dessas três eu vou até colocar mais uma letrinha aí nessa conta que é o XR, que é a realidade estendida. O que é esse Extended Reality, realidade estendida? É um termo guarda chuva que engloba esse mix de realidades. Entrando em detalhes em virtual, aumentada e mista, RV, RA e RM em português abreviadas, a realidade virtual é aquela que eu me isolo do mundo exterior, eu deixo de ver o ambiente que está ao meu redor, então pra isso eu costumo usar um óculos que me isola desse ambiente, então dentro desse ambiente 100% virtual não importa qual tipo de conteúdo está sendo gerado, o que importa é que eu não estou vendo o mundo real naquele momento. 


Na realidade aumentada eu continuo vendo o mundo real, mas eu adiciono elementos digitais virtuais. Trazendo um exemplo prático que vem à cabeça é o Pokémon Go, eu estou com o celular na mão, é o dispositivo hardware que auxilia a inserir elementos digitais no mundo real, mas eu continuo vendo o mundo real, então estou vendo, só que usando meu celular eu vejo um elemento que surge na minha frente adicionado ao mundo real.


Já a realidade mista, é um mix entre esses dois, é um meio termo, mas a grande diferença, principalmente comparada à realidade aumentada, é que ela não é meramente algo que eu adiciono, não é só uma composição do mundo real com elemento digital, ela é interativa. Eu brinco que na realidade mista a física existe. Eu tenho uma interpretação em tempo real do mundo real para garantir que os elementos digitais que eu estou inserindo, reajam ao mundo real em tempo real. Um exemplo que eu sempre tento ilustrar com imagens quando eu dou alguma palestra, são três robozinhos colocados dentro de uma sala, sendo que na realidade virtual a sala é virtual, o robô é virtual e eu não tô vendo o ambiente que eu estou. Na realidade aumentada eu estou aqui na sala, estou vendo um sofá na minha frente e tem um robô virtual que entra no sofá, bem no estilo daqueles jogos de videogame antigo que eu passo um jogador por dentro de outro. Já na realidade mista, como isso é interativo e eu interpreto o mundo real, esse robô apareceria ao lado do sofá ou atrás dele ao passo que eu mexa o sofá, o robô mexeria junto porque eu estaria arrastando, é como se eu cristalizasse aquilo fisicamente no mundo real. De uma maneira bem macro e entrando em exemplos, vamos acabar aprofundando um pouco mais, essa é a definição das três realidades que a gente vai bater um papo hoje.


Gus: Perfeito, Pablo! Ficou muito claro pra alguém que pudesse ter alguma dúvida entre elas, são diferentes e até complementares, quero passar a próxima pergunta para o Hygor, mas claro, fique a vontade, pra aproveitar caso você queira, que é especificamente sobre realidade aumentada, o tópico que a gente escolheu pra falar aqui hoje no episódio. Então, Hygor, quais são as principais aplicações da realidade aumentada hoje em dia?


Hygor: Acho que assim, o leque de aplicações é muito grande. Eu escolhi 6 tópicos aqui pra passar bem rapidamente por eles, então vamos lá: número 1: varejo. Aplicações, por exemplo, pra você testar o tamanho de um sofá na tua sala, você consegue ter a escala do seu cômodo real, a escala do móvel aplicada no tamanho exato que ele ocuparia na tua sala e depois desse teste você faz a compra tendo uma certeza do que vai acontecer. Esse é o chamado try-on, depois eu vou até pedir pro Pablo explicar um pouquinho como funciona esse uso dentro do xAR. O outro uso bem próximo do varejo é pra marketing, um exemplo são as embalagens que você consegue extrapolar algum valor da mensagem de venda de um produto, saindo da embalagem. Terceiro ponto: educação e eu até esperava que esse ponto fosse crescer mais rapidamente, então você pode usar em livro didáticos, pode apresentar as ligações de moléculas, por exemplo, porque é importante ter uma visão tridimensional, você pode ter uma projeção em realidade aumentada em cima de uma página do livro das ligações de uma molécula de água, por exemplo, em rotação. É uma experiência que faz sentido pra aprendizagem, uma forma de usar a realidade aumentada como ferramenta que melhora a absorção daquele novo conhecimento. No entretenimento em games, acho que é o destaque, então uma boa parte das pessoas que conhece a realidade aumentada conheceu por conta do game Pokémon Go. Ele popularizou o termo realidade aumentada no mundo inteiro, a indústria dos games tem um papel muito relevante pro desenvolvimento da indústria de realidade aumentada. O 5° tópico é na indústria mesmo pra treinamento e suporte técnico, por exemplo, então você pode fazer uma manutenção em um elevador usando a realidade aumentada em que você abre o motor de elevador e por reconhecimento da imagem do motor o aplicativo vai sobrepondo quais peças você tem que substituir ou você tem que ajustar para que o elevador volte a funcionar normalmente. Por último e em destaque, podemos falar também de acessibilidade, que eu acho que é uma avenida de crescimento pra realidade aumentada que tá só começando também. Eu tive uma experiência muito bacana com realidade aumentada de áudio num óculos da Bolse. Ele permite que alguém que tenha baixa visão ou cegueira total, por exemplo, consiga ter uma leitura em voz de objetos, de placas de sinalização enquanto a pessoa está andando na rua ou indicações turísticas, enfim, esses 6 tópicos que eu selecionei aqui são os que eu acredito ser os principais, os mais relevantes, mas queria que o Pablo até complementasse aqui porque eu tenho certeza que eu tenha deixado alguns itens fora da minha lista. Fala aí, Pablo!


Pablo: Legal, Hygor! Acho que você foi extremamente assertivo. Eu fui até anotando aqui enquanto você falava pra não repetir e não esquecer, mas não tem como eu não destacar varejo e virtual try-on que você citou. É hoje o que a gente mais trabalha aqui na xGB e que tem uma proposta de valor super interessante dessa jornada de compra do usuário, eu consigo experimentar um produto antes de comprar. Você trouxe alguns exemplos voltados pra experimentar um sofá dentro de casa, mas as possibilidades são inúmeras, vai desde eu colocar qualquer coisa no chão, já fizemos isso até pra leilão, pra vizualizar uma escultura antes de comprar, como ficaria ali na minha casa ou qualquer artigo, produtos médicos entre outros produtos que eu projete no chão, na parede: tintas e papéis de parede até no teto, por exemplo, luminária, tudo o que for na casa ou no ambiente esse virtual try-on é algo super legal dentro do varejo.


Faço até um gancho com um mercado destaque no mundo de realidade aumentada e virtual no geral que é arquitetura, engenharia e construção também. Tem algumas empresas dedicadas 100% pra esse mercado que realmente auxilia desde a etapa de planejamento de construção de qualquer obra. Tem um conceito chamado BIM que relaciona muito essa maneira de construção, é quase que uma nova forma de pensar a construção em que a realidade aumentada é uma ponta fundamental na maneira de visualização desse projeto. Mas também pra arquitetura, construção, o arquiteto como usuário disso junto ao seu cliente. Eu daria destaque também pra esse mercado, traria também turismo, dentro desse universo eu consigo reconstruir ambientes e contar a história daquele lugar, dentro de uma cidade, apontando pra um determinado elemento, pra um prédio, entender o que aconteceu ali e até mesmo reanimar situações, mas contar um pouco da história. Além de guia dentro dessa cidade, me levando pra lugares, fazer um tour guiado em realidade aumentada dentro de uma cidade, por exemplo, é uma aplicação que já acontece na Europa e eu acho que tem bastante potencial. Por fim, saúde, dentro do universo de saúde, até parecido, muitas vezes, com o universo da indústria. Tem muitos médicos usando já a realidade aumentada, realidade mista ou Microsoft HoloLens para fazer cirurgias, ser mais assertivo. Eu escaneio um corpo, faço uma ressonância, projeto em cima do paciente onde é exatamente o tumor e eu tenho muito mais assertividade que é como se eu tivesse fazendo uma cirurgia usando um raio x, mas usando na verdade essa projeção com realidade mista usando um óculos pra isso. 


Algumas que me vieram à cabeça que eu já vi cases super interessantes que você não tinha citado.


Gus: É muito legal, inclusive, eu confesso que nunca tinha parado pra pensar quantas possibilidades são de fato. Pra gente continuar nossa conversa eu queria retomar o termo que o Hygor citou lá no primeiro exemplo, ele falou do xAR. Eu queria, Pablo, que você explicasse o que é o xAR.


Pablo: O xAR, assim como a xGB (x Good Brains), o xAR que é augmented reality, realidade aumentada em inglês que é a plataforma de realidade aumentada desenvolvida pela xGB focada em democratização da realidade aumentada. A gente entende que dentro desse universo teve uma dificuldade de escalar a tecnologia até então pela necessidade do desenvolvimento da tecnologia em cada situação que ela seria usada. Requer muitas linhas de código e um desenvolvedor envolvido. O xAR foi criado pra facilitar esse processo, pra que qualquer pessoa consiga criar uma experiência de realidade aumentada num modelo SAS (Software as a Service) em que o usuário paga um plano de assinatura pra usar a plataforma e gerar os seus conteúdos lá dentro, suas experiências. 


Hoje atuamos em duas frentes principais nesse modelo, já temos duas plataformas xAR: a xAR virtual try-on e a xAR interatividade em embalagens impressas. Começando pela xAR interatividade em embalagens impressas, que foi a primeira que criamos, ela funciona basicamente como um match entre uma imagem e um conteúdo em realidade aumentada. Usando a plataforma xAR qualquer usuário que cria uma conta, consegue adicionar uma imagem que será o que chamamos de trigger, de imagem gatilho, marcador, vincular esse marcador a algum conteúdo audiovisual. Esse conteúdo audiovisual pode ser um vídeo, pode ser um 3D, uma animação 2D. Com o xAR eu consigo unir essas duas pontas, eu faço upload de um conteúdo previamente criado, daí surge a grande importância de produtores de conteúdo audiovisual e conteúdo 3D como um todo, mas eu uno esse conteúdo a uma imagem, simplifico a etapa que a tecnologia acontece, não preciso programar uma experiência de realidade aumentada e isso é lido a partir do aplicativo xAR, de um aplicativo white lable que a gente cria com a identidade visual do cliente ou com a implementação dessa solução dentro de um app que já existe. 


A outro plataforma xAR que a gente chama de virtual try-on, basicamente é eu conseguir criar experiências direcionadas pro e-commerce, então fazer o upload nesse caso do modelo 3D como um sofá que citamos aqui algumas vezes, e já gera um link que eu simplesmente implemento no meu e-commerce como um botão pra eu conseguir projetar esse sofá ali dentro da minha casa. É facilitar esse processo de criação da tecnologia de realidade aumentada a partir de conteúdos pré criados. É assim que simplificamos hoje a realidade aumentada.


Hygor: Simplificar nem sempre significa que é fácil. Nós temos na Oz pelo menos 10 anos de experiências de projetos com realidade aumentada. Passamos por várias formas de desenvolvimento incluindo a tecnologia nos nossos projetos. Nos primeiros anos nós tínhamos uma equipe de desenvolvedores que trabalhavam pra criar uma solução que entregasse a experiência que a gente tinha idealizado na Oz e o xAR resumiu tudo o que a gente já fez. Ele consegue entregar de uma forma muito mais rápida, barata, fácil, simples de distribuir uma ação em realidade aumentada. Pra gente foi muito impactante, por isso que esse papo é rico, de a gente poder compartilhar experiências que temos juntos também. Eu queria ouvir de você, Pablo, eu sei que boa parte das ações de realidade aumentada, nem tudo é necessário um trabalho da Oz pra ter uma ação de realidade aumentada, porém em alguns outros projetos mais complexos onde temos todo um contexto a ser criado, onde a realidade aumentada entra como uma experiência no meio de uma jornada, ter junto, numa mesma campanha, a tecnologia e o conteúdo podem ter um peso equivalente pra fazer a experiência acontecer. Eu queria te perguntar justamente isso, na tua jornada com o xAR, como que você vê a relevância e as diferenças entre o tipo de conteúdo que vai ser aplicado em realidade aumentada. Como é que você vê o peso da produção desse conteúdo quando temos a necessidade de ter uma produtora envolvida no projeto?


Pablo: Cara, sim, sem querer fazer qualquer tipo de jabá, mas é inevitável porque isso é uma opinião bem sincera que eu falo todas as vezes que eu debato com qualquer pessoa. É imprescindível que tenha uma produtora ou alguém que pense no conteúdo muito além só do conteúdo, que vá passos atrás a isso pra inclusive entender se aquela é a mídia mais adequada, o formato mais adequado e construir a história e o contexto de como aquele conteúdo será aplicado, então eu coloco várias vezes que a tecnologia usada como fim e não como meio acaba sendo uma frustração pras pessoas que usam e muitas vezes ela é usada como fim e não como meio quando não tem alguém que está pensando no conteúdo de certa forma, só tá indo diretamente pra tecnologia. No contexto de marketing, principalmente, em que a ideia é usufruir dos benefícios dessa tecnologia pra passar uma mensagem, sem sombra de dúvidas, a realidade aumentada é uma tecnologia fantástica, ela tem potencial por ser imersiva, de aumentar a capacidade de absorção daquele conteúdo, mas qual é o conteúdo que eu quero passar, como é que eu garanto que as pessoas de fato assistam e fiquem engajadas com ele? Pra isso eu tenho que criar contexto, tenho que produzir uma material que pense coisas que parecem ser óbvias mas não são e muitas vezes, na verdade, estragam a experiência como tempo de duração da experiência, qual vai ser o peso dessa experiência, tempo de carregamento da internet, independente de onde eu vou utilizar isso, como os elementos vão aparecer, qual vai ser a compatibilidade desse conteúdo com a tecnologia e isso, muitas vezes é algo que vem da expertise de uma produtora que trabalhe muito mais do que com a construção audiovisual, mas que pensa história, que pensa momento, que contextualiza aquele momento a-há. A tecnologia serve pra coroar uma história que está sendo previamente contada e que a tecnologia de realidade aumentada pode ser surpreendente para apresentar. Acima de tudo RA é uma forma de mídia, é uma forma de eu mostrar um tipo de mídia, então eu posso criar um vídeo e colocar ele pra reproduzir dentro do YouTube ou eu posso criar um vídeo e enviar pelo WhatsApp, assim como eu posso criar um vídeo que seja até o mesmo, muitas vezes, só que para rodar dentro de RA, mas se eu colocar esse vídeo pra rodar dentro de uma experiência de RA pensando que o meu marcador, a imagem trigger é uma TV que tá desligada e vai aparecer que ela liga e o vídeo começa a rodar e ele já tem um call to action ao final pra eu me inscrever, dar um feedback ou ir pro Instagram, pra uma próxima ação e o contexto que foi criado é exatamente pensando no objetivo final da ação, esse resultado costuma ser muito melhor. Por isso que eu trago que é imprescindível. Usar a tecnologia simplesmente por usar sem pensar a forma de usar esse conteúdo, o objetivo final e como construir o conteúdo pra atingir aquele objetivo, muitas vezes, torna a ação um fiasco, até cria um certo trauma em pessoas com uso da tecnologia.


Hygor: Muito massa você trazer essa lembrança do anúncio da TV desligada. Vou até compartilhar aqui duas experiências que nós tivemos na Oz com realidade aumentada em impressos, então primeiro foi um anúncio que nós fizemos da Oz mesmo em 2012 numa revista que circula no meio de agência de publicidade no aqui no estado de São Paulo que era uma página que nós compramos que tinha uma tevezinha antiga, de tubo fora do ar com ruído de imagem e quando você virava a webcam, a TV sintonizava uma propaganda da Oz que no fim tinha um convite pra você visitar o site e inclusive saber como levar essa mágica pra ações de marketing das outras empresas, foi super bacana. Um outro, Pablo, que esse eu nao tinha te falado, que nós ajudamos um cliente que tinha o sonho de comprar uma página inteira de uma revista cara aqui no Brasil, e ele comprou um oitavo da página, mas esse um oitavo era um marcador de realidade aumentada, e a animação que nós fizemos era o anúncio dele se desdobrando e ocupando as duas páginas da revista. Então foi uma forma de hackear o espaço publicitário da revista, usando a realidade aumentada


Pablo: Genial! Genial! Esse exemplo acho que é fantástico pra se pensar em contexto. Eu acho que essa mistura de uma tecnologia bem aplicada com uma história bem contada e um conteúdo bem produzido, pode ser a receita do sucesso.


Gus: Bom, Hygor, Pablo, muito legal o papo até aqui. A gente falou um pouco de passado e também falamos bastante sobre o presente, sobre aplicações, possibilidades e tudo mais. Então a minha pergunta final, que eu estendo pros dois, é justamente sobre o futuro: o que vocês vêem de possibilidades e previsões para o futuro de tudo isso que a gente está falando?


Pablo: Cara, primeiro eu acho que o futuro já está se tornando um pouco o presente, mas eu acho que pensando numa escala de dez anos pra frente, eu sinto que vai ser bem divertido, primeiro, mas que pode ser bem preocupante, então eu vou trazer duas visões aqui. Com a evolução das tecnologias, como a gente tem visto, temos cada vez mais pesquisas para o desenvolvimento de óculos, a previsão é que talvez no ano que vem saia a primeira versão de óculos de realidade aumentada da Apple, e isso, assim como o iPhone foi uma disrupção, pode ser uma disrupção nesse mercado. Isso porque os óculos hoje ainda não são tão utilizados em escala por uma questão cultural, e por uma questão de layout também. Obviamente a tecnologia tem que rodar muito bem, mas eu não vou sair na rua com um óculos que é um capacete, que incorpora minha cabeça inteira, mas a Apple trazendo um óculos que é praticamente um óculos de grau, eu conseguiria usar isso no dia a dia normalmente sem interferir em peso, em nada na minha vida, passa a ser uma nova layer que eu adiciono, que faz com que eu não precise usar mais meu celular, teoricamente. Então imagina que eu consiga responder as mensagens tudo por áudio, ou até mesmo com a detecção da câmera desse óculos fazer qualquer movimento com as mãos e já detectar o que eu estou fazendo, eu simplesmente crio um novo mundo em que eu possa imergir diariamente através desse meu óculos. Isso pode criar pro marketing, experiências personalizadas, eu posso colocar anúncios personalizados nos lugares, então aquela interferência de outdoor que não pode ter mais numa estrada, numa cidade, eu posso passar a poder colocá-lo no mundo virtual… Será que isso vai ser legalizado? Olha a oportunidade que abre pra área Legal, jurídica e privacidade de dados. Eu consigo me relacionar com as pessoas, filtrar alguns layers, colocar o ambiente que eu vivo de uma forma diferente, mudar os móveis, mudar a decoração, ver até grafite nos muros, uma obra de arte de uma forma diferente. Então eu posso realmente criar o meu mundo e isso vai conviver comigo no dia a dia. E o próximo passo é uma lente de contado, uma empresa que chama Mojo Vision tem desenvolvido essa lente de contato que avança simplesmente de eu não precisar usar os óculos, conectado ainda com SmartWatch e AirPods, eu realmente viro um Cyborg, e aí quando a gente vai pra esse lado um pouco mais negativo da análise, tem questões éticas envolvidas, tem questões de dados e tem uma questão também cultural, filosófica, se é por aí que a gente gostaria de ir. Então se eu vou conseguir simular situações em geral do dia a dia e mudar como eu me relaciono com as pessoas, será que a gente não vai criar uma cultura e uma sociedade muito tecnológica e isolada de sensações e sentimentos? Então cabe a gente dar um destino a essas tecnologias que agreguem valor de forma positiva, e tem sim um futuro fantástico que a gente pode usufruir com esse lado da tecnologia se a gente bem coordená-la pra esse tipo de uso.


Hygor: Bem, eu concordo 100% com que o Pablo trouxe, eu acho dos cenários possíveis pr futuro, existem cenários positivos e outros não tão positivos assim, mas eu gosto de pensar o positivo. Mas o que eu acho que muda muito em relação ao que a gente tem hoje, é que eu acredito que a gente vai ter a queda da supremacia dos smartphones, nós vamos ter smart devices espalhados por todos os caminhos que a gente percorre, e a realidade aumentada aplicada na nossa visão e audição e depois em outros sentidos, a gente vai conseguir ter a nossa própria versão de mundo. 


Gus: É isso aí, então chegamos ao importantíssimo bloco de insights, que tem a proposta de compartilhar referências e dicas sobre o tema que a gente tá abordando no episódio de hoje. E pra começar, eu gostaria de ouvir a dica, o insight, do Pablo. Você pode compartilhar com a gente?


Pablo: Claro, Gus! A minha dica, meu insight de hoje é voltado até pra quem quer se aprofundar um pouco mais no tema e quem quer ficar atualizado sobre tema de realidade aumentada, que é uma página que chama AR Insider, a página é “arinsider.co”, eu sugiro que quem se interessar por isso se inscreva na newsletter deles, porque são conteúdos fantásticos, uma curadoria genial e é um dos lugares que eu mais busco conteúdos semanalmente pra me manter atualizado sobre notícias, novidades da tecnologia, mercado, aplicações, dentre outros insights do universo da realidade aumentada.



Gus: Sensacional, obrigado pelo insight. Hygor, você pode compartilhar seu insight com a gente?


Hygor: Posso, claro. Bom, eu vou dar duas dicas aqui, um deles é um app que eu uso há muitos anos e ele tem uma aplicação muito legal e o app é extremamente simples na operação, que é o Sun Seeker. Ele tem um mapa do céu, principalmente da posição do Sol, ele usa basicamente câmera, bússola e sua geolocalização. Então você consegue, por exemplo, vou mapear uma locação pra gravar um comercial de tv ou uma cena de um filme institucional o um documentário, e quando eu faço a visita na locação, eu consigo saber a posição em que o Sol incide nas janelas dessa locação em qualquer horário do dia, usando o Sun Seeker. Cara, você tem exatamente a posição do Sol em qualquer dia do ano em qualquer lugar do mundo e é muito legal, ele é muito simples e se não me engano ele é gratuito, inclusive, ele tá na Apple e na loja do Google. E o segundo, eu vou dar a dica de um game em AR que eu experimentei recentemente, é um game conhecido por todo mundo, que é o Angry Birds AR, em realidade aumentada, é basicamente a mesma mecânica do jogo, só que você coloca os bloquinhos e os passarinhos em cima de uma mesa na sua casa e você tá segurando o estilingue com outro passarinho que vai destruir os bloquinhos do outro. Então você arremessa ali com o estilingue na mão. É muito divertido, é muito bem feitinho, muito bem traqueado, o efeito de luz e sombra em cima de uma mesa é muito real, é como se você estivesse jogando Angry Birds de verdade em cima da sua mesa de jantar. E aproveito pra passar aí pro Gus trazer a dica pra gente. Gus, qual é o seu insight do dia?


Gus: Cara, meu insight do dia é a cervejaria artesanal, Leuven, que é de Piracicaba, inclusive, de onde eu nasci. Eles criaram um esquema de rótulo em realidade aumentada, como vocês já comentaram anteriormente, pra alguns tipos específicos de cerveja, que são a Golden Ale, a Red Ale e a IPA, a estreia foi em dezembro de 2016 e na época bastava você baixar na play store o aplicativo da cervejaria e com a câmera do seu celular você apontava pro rótulo e ele gerava um movimento dos personagens que são guerreiros, dragões, uma bruxa, um mago… Então o meu insight vem não só no sentido de falar da cervejaria em si, mas por ter uma lembrança muito boa porque eu ganhei de presente um kit uma vez, e cara, a cerveja é muito boa, mas o rótulo me chamou atenção, teve um valor de presente diferente. 


Bom, a conversa tá incrível, mas infelizmente a gente tá chegando ao nosso tempo do episódio, então eu quero aproveitar pra agradecer mais uma vez a sua presença, Pablo, e também eu aproveito pra te passar a palavra mais uma vez pra que você deixe seu contato, caso alguém queira conhecer mais sobre você ou seu trabalho.


Pablo: Legal, Gus, eu gostaria de agradecer muito o convite por parte da OZ, do Hygor, de você. Foi um papo super legal, é sempre um prazer bater essa bola aí com vocês, e conversar sobre esse tema que ficaríamos horas falando, fico à disposição pra um próximo convite no futuro de outro tema que vocês julgarem ser relevante, e pra quem quiser se conectar comigo, pode me encontrar no LinkedIn ou no Instagram como Pablo Funchal, se quiser seguir também no xAR ou a xGB no instagram é @xarbrasil ou @xgoodbrains e acredito que seja isso, agradeço novamente e fico à disposição pra papos futuros. 


Hygor: Pablo, super obrigado de novo por ter aceito o convite, pela nossa parceria de longa data, pela nossa amizade, acho que a gente ainda tem muito caminho pela frente pra criar projetos e levar experiências novas pra esse mundo tão sedento por experimentos diferentes.


Bom, esse foi o episódio número 17 do OZCAST, falamos sobre a expansão da realidade. Siga e compartilhe o programa, assim o conteúdo chega em ainda mais pessoas. A sua empresa também pode ter um podcast e conteúdos em realidade aumentada, o que acha da ideia? Fale com nosso time e saiba como.


Narrador: Você acabou de ouvir o OZCAST, o podcast da ozprodutora.com, visite o site e conheça mais sobre a OZ e deixe seus comentários e sugestões.